Em 30 de abril de 2021 o IBGE divulgou os resultados da PNAD Contínua referente ao trimestre dez-jan-fev/2021, onde verificamos os seguintes indicadores:
Dos 100,3 milhões de pessoas que se encontram qualificadas como “Força de Trabalho”, apenas 29,7 milhões de Empregados, do setor privado, possuem registro em carteira. Trabalhadores domésticos com carteira assinada somam 1,3 milhões.
Considerando aqueles que não têm registro em CTPS o órgão indica um total de 9,8 milhões de Empregados no setor privado e 3,6 milhões de Trabalhadores Domésticos.
O número de desempregados ou desocupados é de 14,4 milhões de pessoas.
Quem trabalha por conta própria, ou seja, em geral, aqueles que são reconhecidos como “Autônomos”, tendo ou não um CNPJ, a pesquisa aponta um grande contingente de 23,7 milhões de pessoas.
Trabalhando no setor público existem 11,9 milhões de pessoas.
Já os Empregadores somam apenas 3,9 milhões, enquanto 2 milhões de pessoas laboram apenas no âmbito familiar.
Se, por hipótese, considerássemos um quadro como “Trabalho Precário”, aqui incluindo: Empregados e Trabalhadores Domésticos que não têm registro em CTPS e Trabalhadores por Conta Própria que não estão inscritos no CNPJ, tal contingente somaria 31,3 milhões de pessoas.
Ainda, se tomarmos o nominado trabalho precário acima mencionado, somado aos 14,4 milhões de desempregados, encontramos um contingente de 45,7 milhões de pessoas que enfrentam a insegurança no mercado de trabalho brasileiro.
O número acima é quase 46% da força de trabalho do país, demonstrando, em ordem de grandeza, a gravidade da crise econômica no mercado de trabalho.
Veja, abaixo, um gráfico contendo números extraídos do quadro sintético divulgado pelo IBGE:
Rogério Gomez é Administrador, Advogado, Gestor, Consultor, instituidor do site www.laboralista.com.br, estudando as relações trabalhistas há mais de 30 anos. Contato: rogeriogomez@laboralista.com.br